quarta-feira, 26 de setembro de 2012


NÃO ESPERE, VÁ  À LUTA

Algumas pessoas se acham mais importantes do que outras. Elas pensam que podem ser mais felizes, pois imaginam que tenham mais sorte na vida. Por terem nascido em berço de ouro, ou porque seus pais lhes prouveram de todo conforto material, supõem que pouco precisa ser feito.
Isso é típico de famílias abastadas, cujos filhos já recebem praticamente quase tudo de mão beijada, ou seja, bens materiais como casa e carros lhes caem no regaço sem qualquer esforço. Enquanto isso, os filhos de famílias pobres têm que suar a camisa durante anos para conseguirem aquilo que outros, num piscar de olhos (quando atingem a maioridade ou casam) conseguem de imediato.
Obviamente, estamos generalizando, porque há casos de filhos que apesar de serem ricos, deixam seus lares e vão fazer suas próprias fortunas sem o apoio dos pais. Isso só deixa estes mais orgulhos daqueles, pois demonstraram coragem, boa vontade, inteligência e talento para não temerem os problemas que irão enfrentar.
Não se deseja aqui criticar aqueles filhos que têm capacidade de trabalhar com suas meias-vidas já garantidas com a posse de certos bens, posto que, também utilizando seus talentos, alguns até ajudaram a aumentar a fortuna da família; enquanto outros acabaram por dilapidá-la. Mas entre os que se fizeram por si e os que acrescentaram valores materiais à renda familiar, não restam dúvidas de que há mais méritos no desempenho daqueles do que destes.
E os méritos se devem tão somente as suas próprias capacidades, independente de quaisquer obstáculos que devessem enfrentar, pois se problemas tivessem que resolver deveriam fazê-lo sem o amparo dos pais, mormente em questões financeiras. É nisso que reside a autoconfiança das pessoas: serem capazes de buscar sua própria felicidade, não se amparando em muletas (pais, amigos), no sentido de resolverem seus problemas.
Essa é a categoria de pessoas que, sejam ricas ou pobres, vão à luta em busca de seus objetivos materiais e valores abstratos, não se importando se para conseguir um ‘pedacinho do céu’ tem-se que enfrentar uma renhida batalha à frente. Vida é movimento.
 Não tem graça nenhuma conseguir as coisas com facilidade, pois tudo é uma questão de merecimento, mesmo que seja para receber dor e decepções. Em algum canto de nossa vida demos causa, ainda que não tenhamos consciência disso. Sejam coisas boas ou más, nada nos vem ao acaso, pois se pensarmos assim, estaremos negando a própria justiça, seja a dos homens ou a divina.
 Mas também temos aquele tipo de seres humanos que esperam que as dificuldades desapareçam sem que movam uma única palha. Eles ficam na expectativa de milagres, e como eles não vêm, ficam deprimidos e achando que o mundo acabou. ‘Milagres’ somente acontecem quando fazemos algo extraordinário, incomum, ou seja, quando colocamos a alma e o corpo objetivando superar os nossos próprios recordes de dificuldades.
Por isso, podemos correr o risco de ficar na mesma situação de certa pessoa, conforme nos mostra a seguinte história: Dona Lourdes era uma senhora que se considerava muito sofredora. O marido bebia, o filho estava se envolvendo com drogas... e, sentindo-se incapaz de enxergar uma solução, caiu em depressão.
Vivia reclamando de tudo e havia perdido o gosto pela vida. Achava que a felicidade só chegaria quando todos esses problemas se resolvessem. Mas isso não aconteceu, pois dona Lourdes acabou falecendo antes de vir a conhecer a tão almejada felicidade. Moral da história: não fique esperando para ser feliz apenas no dia em que não houver mais problemas em sua vida. Aprenda a conviver com eles. Você pode ser feliz apesar deles!








CONTROLE EMOCIONAL

Se há alguma coisa que poucos de nós conseguimos controlar é a emoção. Ela se extravasa nos nossos atos, nas palavras nos pensamentos e algumas vezes também na nossa omissão, ou seja, quando deixamos de fazer algo que poderia ter sido feito.
De todas essas atividades (fazer, falar, pensar ou omitir), as que mais nos marcam por nos atingir diretamente são as duas primeiras. Por não sabermos controlar o nosso temperamento, machucamos as pessoas quando as agredimos física ou moralmente.
Embora essas agressões tanto possam ser pequenas, médias ou grandes, o grau delas jamais apagará nas almas das pessoas agredidas, esse tipo de atitude. Mesmo que anos depois a pessoa tenha sido perdoada, a experiência negativa daquela que recebeu a ação, dificilmente desaparecerá.
O mesmo podemos dizer quanto às palavras. É justamente nestas que o ser humano mais prejudica seus semelhantes. A todo momento estamos dizendo alguma coisa para alguém de forma desagradável. Isso  acontece quando somos movidos pela raiva, pelo ódio, pela indiferença, pela mentira, pelo rancor e todos os demais sentimentos negativos.
Uma palavra ofensiva dita num instante de desequilíbrio emocional, afeta profundamente a alma de qualquer ser humano, fazendo com que ele reaja de uma maneira imprevista. Isso varia de acordo com a personalidade e caráter de cada um.
Embora determinada palavra de baixo calão nos atinja indistintamente, a reação é bastante variada e depende muito da educação que a pessoa ofendida recebeu. Por isso, quanto maior for o revide, seja por atos ou palavras, tanto maior será a mágoa que ela levará consigo.
É comum dizermos que a primeira impressão é aquela que mais nos marca. Por isso, existem pessoas que jamais esquecem outras. Se a experiência foi negativa, mesmo que no futuro haja uma transformação completa do caráter de alguém que se comportou inconvenientemente, o ato gravou-se na alma e não raras vezes a pessoa leva para o túmulo essa amarga vivência.
Para quem acredita em mundos superiores, deve tomar muito cuidado com o pensamento. Pois ele age da mesma forma que as palavras. A única diferença é que o resgate de sua atuação ocorre no plano astral, ou seja, no mundo das almas onde a forma de vida (boa ou má) é determinada pela qualidade de pensamentos que teve neste mundo.
Nossa história da semana reflete com acuidade o resultado de comportamentos descontrolados: Havia um garotinho que tinha mau gênio. Seu pai deu um saco cheio de pregos e lhe disse que cada vez que perdesse a paciência que batesse um prego na cerca dos fundos da casa.
No primeiro dia o garoto havia pregado 37 pregos na cerca. Porém gradativamente o número foi decrescendo. O garotinho descobriu que era mais fácil controlar seu gênio do que pregar pregos na cerca.
Finalmente chegou o dia, no qual o garoto não perdeu mais o controle sobre seu gênio. Ele contou isto a seu pai, que lhe sugeriu que tirasse um prego da cerca por cada dia que ele fosse capaz de controlar seu gênio. Os dias foram passando até que finalmente o garoto pode contar a seu pai que não havia mais pregos a serem retirados.
O pai pegou o garoto pela mão e o levou até a cerca. Ele disse: – Você fez bem garoto, mas dê uma olhada na cerca. A cerca nunca mais será a mesma. Quando você diz coisas irado, elas deixam uma cicatriz como esta.
Você pode enfraquecer um homem e retirar a faca em seguida, e não importando quantas vezes diga que sente muito, a ferida continuará ali. Uma ferida verbal é tão má quanto uma física. Moral da história: devemos tomar muita precaução com o que dizemos ou fazemos, pois ao longo da vida, alguns de nós devem estar com a alma mais furada (cheia de cicatrizes) do que uma peneira.


   


A NOSSA IMAGINAÇÃO


Costuma-se dizer que as pessoas que não usam a imaginação vivem esta existência apenas uma só vez, ou seja, elas não têm capacidade e nem visão, ainda que hipotética, de rever situações mentais que possam aliviar suas agruras da vida simples que levam.
Em outras palavras, se elas levam uma vida difícil e sem muito futuro, poucas são aquelas que se preocupam no sentido de ter idéias e/ou fantasiar situações que possam amenizar um pouco suas amargas existências. Mas ao invés disso, a maioria fica se maldizendo ou culpando os outros pela falta de sorte.
Certo escritor uma vez disse: “podem até me colocar na cadeia, impedir minha liberdade de locomoção. Mas não podem refrear minha capacidade de imaginar. Meu corpo pode estar preso numa cela, mas meus pensamentos voam pelos parques, pelas avenidas e pelas cidades, nas quais minha fantasia pode desfrutar agradáveis momentos nas montanhas ou nas praias.”
Por outro lado, também não queremos dizer que se deva viver do imaginário, do ilusório, do suposto, mesmo que seja para minimizar momentos de crise. Todavia, queremos enfatizar que nesses instantes difíceis, não devemos nos desesperar ou entrar em pânico.
Perder as estribeiras, como se diz familiarmente, é tornar a situação pior do que está, com graves riscos materiais e até possível iminência de morte. Às vezes, a vida nos apresenta surpresas que nem a mais brilhante imaginação consegue superar; em outras situações, uma fértil imaginação pode nos livrar de momentos perigosos para os quais ocasiões algo absurdas possam parecer verídicas.
Isso, ao menos, é o que depreendemos do nosso conto semanal: Um senhor muito rico vai à caça na África e leva consigo um cachorrinho para não se sentir tão só naquelas regiões. Um dia, já na expedição, o cachorrinho começa a brincar de caçar mariposas e quando se dá conta já está muito longe do grupo do safári.
Nisso vê que vem perto uma pantera correndo em sua direção. Ao perceber que a pantera irá devorá-lo, pensa rápido no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e se coloca a mordê-los. Então, quando a pantera está a ponto de atacá-lo, o cachorrinho diz: – Ah! que delícia esta pantera que acabo de comer.
A pantera pára bruscamente e sai apavorada correndo do cachorrinho e vai pensando: – Que cachorro bravo, por pouco não come a mim também. Um macaco que estava trepado em uma árvore perto e que havia visto a cena, sai correndo atrás da pantera para lhe contar como ela foi enganada pelo cachorro.
Mas o cachorrinho percebe a manobra do macaco. O macaco alcança a pantera e lhe conta toda a história. Então, a pantera furiosa, diz: – Cachorro maldito vai me pagar... agora vamos ver quem come quem... – Depressa, disse o macaco. Vamos alcançá-lo. E saem correndo para pegar o cachorrinho.
Este vê que a pantera vem atrás dele e desta vez traz o macaco montado em suas costas. – Ah, macaco desgraçado... O que faço agora? Pensou o cachorrinho. Então ao invés de sair correndo, fica de costas como se não estivesse vendo nada, e quando a pantera está a ponto de atacá-lo de novo, o cachorrinho diz:
– Maldito macaco preguiçoso, faz meia hora que mandei trazer uma outra pantera e ele ainda não voltou. Moral da história: Albert Einstein já dizia: “Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento”.   

domingo, 16 de setembro de 2012


DINHEIRO NÃO É TUDO


Embora todos nós saibamos que o dinheiro não traz amor nem felicidade, temos também plena consciência de que ele resolve bastante a nossa vida material. O problema é que são poucas as pessoas que sabem equilibrar suas existências, pois não é qualquer pessoa que tem muito dinheiro e ao mesmo tempo leva uma vida normal sem exageros e excessos.
Isso nos recorda o exemplo bíblico no qual alguém que vivia na riqueza, pergunta a Jesus o que deveria fazer para alcançar a felicidade. Jesus lhe ordena que se desfaça de todos os seus bens e O siga. Isso nos leva a interpretar, de imediato, que para se alcançar o Céu os bens materiais são um estorvo e que não devemos tê-los. Lego engano.
O exemplo serviu apenas para aquela pessoa cuja vida espiritual estava sendo entravada e sem possibilidade de desenvolvimento por causa dos bens materiais. Na verdade, as pessoas se deixam empolgar quando possuem muito dinheiro. Como são egoístas por natureza, elas aproveitam bem a vida, gastando a rodo, sem se preocupar com seus semelhantes que às vezes nem têm o que comer.
Esse é um dos motivos que faz com que fiquemos boquiabertos ante tamanha disparidade na distribuição de riquezas: uns têm demais e a outros há carência. Quando a vida é facilitada pelo dinheiro, é muito difícil as pessoas pararem um pouco para refletir sobre as coisas do além. Quem se importa com isso, quando se tem quase tudo à mão, sem sofrimento e sacrifícios?
É nessa fase que a alma do ser humano abriga também o comodismo. Independente dos meios como conseguiu amealhar sua fortuna, a criatura humana acha normal (até certo ponto pode ser) não se preocupar em ajudar os outros. Assim como ele conseguiu, qualquer pessoa também pode. Pois ele pensa que se elas estão nessa situação de penúria, é porque em parte são merecedoras disso.
De fato, esse tipo de pensamento pode até ser verdadeiro em parte. Mas não deixa de apresentar sentimentos de avareza. Quem muito tem, não faz diferença e nem vai sentir a diminuição de seu patrimônio, se repartir. O problema é que quanto mais se tem, mais se quer. As pessoas ricas nem desconfiam de uma eterna lei espiritual na Criação que reza: quanto mais distribuirmos, sejam coisas materiais ou abstratas (nunca com segundas intenções), mais em dobro receberemos esses bens.     
O que não devemos fazer é imaginar que o dinheiro pode comprar as sementes das verdades eternas como o amor, a esperança, a sabedoria e outras do mesmo quilate. Nossa história reflete esse tipo de compra, como se frutos prontos fossem: Um homem muito rico dizia que com seu dinheiro podia comprar tudo, até mesmo a felicidade. Um dia, andando pela rua, deparou-se com um estabelecimento que se chamava Loja de Deus. Na porta estava escrito: ‘vendemos amor, esperança, paz...’.
O homem entrou na loja e viu jarras de amor, pacotes de esperança, vidros de fé, caixas de perdão, enfim todo tipo de graça e de sabedoria. Foi logo pedindo de tudo: – Quero muito amor, perdão em abundância, muita fé e felicidade para mim e para minha família. Então o anjo que atendia no balcão foi selecionando, separando e condicionando tudo num pequenino embrulho que coube na palma da mão do comprador.
Decepcionado, este disse para o anjo: – Eu pedi tudo em grande quantidade, pois tenho muito dinheiro. O anjo, sorrindo, respondeu: – Tudo o que o senhor pediu está aí e é de graça. – É possível que minhas encomendas estejam todas aqui? – perguntou, admirado, o homem. – Sim, estão. Na Loja de Deus não vendemos frutos, apenas damos as sementes – respondeu com paciência o anjo. Moral da história: a felicidade, a paz, o amor, estão dentro de cada um de nós em forma de sementes. Cabe a cada um de nós cultivá-las.



   

CONFIE MAIS


CONFIE MAIS


Não há nada pior neste mundo do que a falta de confiança. Quando não acreditamos em alguém, passamos atestado de suspeição, ou seja, por mais honrada que seja a pessoa, não a achamos digna das nossas atenções e tampouco confiamos coisas e/ou nossas vidas a ela.
As pessoas costumam perguntar: como é possível confiar em alguém que a gente mal conhece, quando às vezes somos traídos por pessoas dentro do nosso círculo familiar, amigos ou conhecidos de longos anos? Não há como negar esse fato, mas nem por isso devemos ficar sempre com um pé atrás desconfiando de tudo e de todos.
Embora o bom senso nos diga que cautela nunca é demais, é obrigação nossa enfrentar as situações desarmados, quando se trata de sentimentos humanos. Se conhecemos a reputação de alguém e esta não é boa, então até justifica-se ficarmos na defensiva. Ao contrário, estaremos dando margens  a suposições indignas quanto ao caráter da pessoa.
Se ela soubesse desse nosso comportamento mental, certamente ficaria ofendida, assim como nós também nos sentiríamos se alguém fizesse a mesma coisa. Na verdade, temos que dar créditos favoráveis às pessoas, pois ninguém em sã consciência imagina prejudicar seu semelhante, salvo seres humanos de má índole.
 Estes podem se considerar cartas fora do baralho no jogo da vida espiritual, porque quando chegar a hora da colheita, com absoluta certeza o joio será separado do trigo. A falta de confiança entre os seres humanos quase sempre gera uma espécie de conflito mental, fazendo com que as pessoas vivam numa espécie de dúvida eterna.
A rigor, não é somente uma questão de confiar ou desconfiar. Trata-se mais de se entregar, ou seja, é preferível que estejamos enganados no bom sentido do que no mal sentido, ou seja, se duvidamos e a pessoa é de confiança, enlameamos a reputação dela injustamente; mas se ela não merece confiança e mesmo assim nós acreditamos nela, então ninguém poderá pôr culpa em nosso julgamento moral.
Uma das coisas que mais calam profundamente nas almas das pessoas, é justamente o laço de amizade baseado na confiança que as une. É independente se os vínculos são consangüíneos ou não, ou seja, não importa o grau de parentesco, pois é notório e público que há famílias nas quais faltam a amizade e a confiança.
Todos nós sabemos que há pais que não são amigos de seus próprios filhos, assim como há maridos que não confiam em suas esposas, ou seja, esses laços familiares na maioria das vezes estão unidos pelo vínculo da obrigação social, que mantido como uma marionete, dança a valsa desta sociedade hipócrita e fingida.
Como exemplo, há alguns meses, certa senhora nos confidenciou que seu marido teria lhe dito na cara, que não emprestava a chave de seu (dele) carro, por não confiar nela. Isso a deixou prostrada e ferida em seus sentimentos. O que mais doeu é não saber o motivo específico pela recusa da chave, pois a esposa é pessoa de total responsabilidade.
Nossa história semanal vai mostrar o porquê dos pais serem respeitados pelos filhos: Uma vez aconteceu um incêndio de grandes proporções num prédio. Os bombeiros chegaram e evacuaram o edifício. Quando pensaram que tudo estava sob controle, ouviram um grito desesperado. Era uma criança na sacada do décimo andar.
 Não havia mais jeito de entrar no prédio para salvar o menino; a única solução seria pedir que a criança pulasse. Os bombeiros estenderam a rede e pediram que ele se jogasse. Mas o menino não tinha coragem. Foi quando, no meio da multidão, apareceu seu pai. Desesperado ao ver o filho lá em cima, abriu os braços e disse: – Pule, meu filho, o papai vai pegá-lo aqui embaixo. No mesmo instante o menino se atirou e foi salvo.
Moral da história: há momentos na vida em que só a confiança e a entrega podem trazer a solução do problema. Existem situações que só podem ser solucionadas se nos jogarmos nos braços do Pai.

O MOMENTO CERTO


O MOMENTO CERTO


Quase tudo em nossa vida é uma questão de oportunidade, ou seja, se não soubermos aproveitar o momento certo, talvez nunca tenhamos outra chance. Isso se reflete no trabalho, nas amizades, no lazer e também nas horas difíceis quando devemos estar mais alertas, porque se agirmos com imprudência, fatalmente cometeremos erros que nos custarão amargos arrependimentos.
É do conhecimento popular o provérbio: a pressa é inimiga da perfeição. Ela é exatamente o prato oposto de uma balança em cuja outra extremidade encontramos a demora. A agulha do equilíbrio seria o momento adequado para tomar decisões e agir. Mas as pessoas podem se questionar: e como é que sabemos que o momento é certo para fazer as coisas?
Na verdade, todos nós sabemos o momento certo para agir. Se isso não acontece é porque usamos em demasia a intromissão do nosso pensar, ou seja, ficamos imaginando mil coisas como se soubéssemos de antemão a respeito de certos resultados. Quando isso não ocorre, frustramo-nos pela oportunidade perdida porque achávamos mais espertos do que supunha fossemos.
A rigor, o momento certo é sempre o presente. O passado, não há que se falar dele, salvo para aprender com lições amargas, a fim de evitarmos cair nos mesmos erros. Quanto ao futuro, é uma incógnita, pois não sabemos no que vai dar. Podemos, quando muito, arriscar algumas deduções por estarmos familiarizados com a situação, como é o caso da área profissional.
Uma forma de evitar equívocos conosco, é não procurar resultados por antecipação, ou seja, é melhor deixar que as coisas fluam pela sua própria natureza de merecimento (bom ou mau – nós é que cuidamos das rédeas), pois algumas pessoas já aprenderam por experiência própria que as coisas nem sempre acontecem como elas gostariam que ocorressem.
Exemplo típico é o da nossa profissão: um dia nunca é igual a outro, ou seja, não é como o de um funcionário atrás de uma escrivaninha, preenchendo formulários, carimbando documentos ou arquivando pastas. Já nos deparamos com situação que nos pareceu resultar aflitosa. Mil conjeturas passam pela nossa mente, esperando dificuldades. No momento certo que enfrentávamos a situação, nada do que pensamos por antecedência, ocorreu.
O contrário também já sucedeu, ou seja, ficávamos a imaginar que tudo seria fácil e agradável e, qual não foi desagradável a nossa surpresa quando descobrimos no momento, que a pessoa em questão foi mal-educada, insociável e até ameaçadora.
Por isso, frisamos: a melhor política nas relações humanas, em qualquer ramo de atividade, e mesmo no que nos reserva o futuro, é não sofismar a respeito, ou seja, devemos manter o foco dos nossos pensamentos limpo e enfrentar o que quer que seja com neutralidade. Ao tomarmos semelhante atitude, deixamos a resposta ao encargo da intuição que não falha nunca, e que sempre nos reserva o destino que merecemos.
O certo é que não devemos ser imprudentes e guardar o  sorvete como fez determinado animal: Dog era um cachorro ‘vidrado’ em sorvete, mas tinha o hábito de escondê-lo para depois tomá-lo. Toda vez que ia ao seu esconderijo, porém, nada encontrava, pois o sorvete havia derretido. Chateado, abaixava as orelhas, colocava o rabinho entre as pernas e procurava ficar sozinho, grunhindo vez por outra.
Moral da história: também existem pessoas que agem dessa mesma maneira. Deixam as coisas boas da vida se derretendo, passando...e, quando não há mais jeito, ficam chorando o sorvete derretido. Não deixe o momento presente ‘derreter-se’ no passado. Procure saboreá-lo agora.



domingo, 9 de setembro de 2012

A LÍNGUA HUMANA


A língua humana é o instrumento mais contundente que o homem possui, ou seja, é com ela que ele cria o céu e o inferno ao mesmo tempo; fica triste, alegre, com raiva, com medo, atemorizado, esperançoso, vaidoso, humilde, forte no espírito e/ou fraco de alma.
Um provérbio popular diz que a língua é o chicote do corpo e também da alma. É verdade. Muitas pessoas por não refrearem seu palavreado, pagaram com o sofrimento do corpo, com torturas, tormentos e até com a morte. No plano anímico (relativo à alma), também não é diferente: elas sofrem angústia, mágoas e tormentos de toda a espécie, quando a língua não tem limites e utiliza a calúnia, a difamação, o insulto e a mentira.
A língua é um verdadeiro tormento para pessoas (embora elas não saibam disso) tagarelas que adoram ‘falar pelos cotovelos’. Que são agressivas, transtornadas e perdem a calma por motivos fúteis, posto que, esses tipos de conduta afligem seu espírito (delas) e também o nosso.
 Com relação à língua, o poema Desiderata nos ensina uma frase lapidar: ‘Fale a sua verdade, mansa e claramente e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes, eles também têm sua própria história’. Pelo mau uso da língua também já advertia Paracelso, filósofo, cientista, médico e vidente:
 ‘Fugir como da peste, ao trato com pessoas maldizentes, invejosas, indolentes, intrigantes, vaidosas ou vulgares e inferiores pela natural baixeza de entendimentos ou pelos assuntos sensualistas, que são a base de suas conversas ou reflexos dos seus hábitos’.
O emprego indevido da língua já criou expressões (algumas conhecidas, outras nem tanto), tais como língua viperina, língua-suja, linguareiro (linguarudo), solto de língua, língua de palmo (língua afiada), dar com a língua nos dentes.
Ainda: língua de trapo, língua de prata, língua comprida, língua de sogra, dar à língua, engolir a língua, língua-de-badalo, pagar pela língua, estar com a língua coçando e ter a língua maior que o corpo.
 Isso nos recorda certo escritor brasileiro, cujo nome não nos acode à memória, haver escrito questionando qual seria a arma mais poderosa e devastadora no mundo: a nossa própria língua. Nosso conto semanal reforça essas idéias: Por volta do ano 2000 antes de Cristo, um mercador grego, rico, queria dar um banquete com comidas especiais. Chamou seu escravo e ordenou-lhe que fosse ao mercado comprar a melhor iguaria.
O escravo voltou com um belo prato, coberto com um fino pano. O mercador removeu o pano e assustado disse: – Língua? Este é o prato mais delicioso? O escravo, sem levantar a cabeça, respondeu: – A língua é o prato mais delicioso, sim senhor. É com a língua que você pede água, diz ‘mamãe’, faz amizades, conhece pessoas, distribui seus bens, perdoa.
Com a língua você conquista, reúne as pessoas, se comunica, diz ‘meu Deus’, reza, canta, conta histórias, guarda a memória do passado, faz negócios, diz ‘eu te amo’. O mercador, não muito convencido, quis testar a sabedoria do seu escravo e o enviou novamente ao mercado, ordenando-lhe que trouxesse o pior dos alimentos.
Voltou o escravo com um lindo prato, coberto por fino tecido, que o mercador retirou, ansioso, para conhecer o alimento mais repugnante. – Língua, outra vez!, diz o mercador, espantado. – Sim, língua, diz o escravo, agora mais altivo. É a língua que condena, separa, provoca intrigas e ciúmes. É com ela que você blasfema e manda para o inferno.
 A língua expulsa, isola, engana o irmão, responde para a mãe, xinga o pai... A língua declara guerra! É com ela que você pronuncia a sentença de morte. Moral da história: não há nada pior que a língua, não há nada melhor que a língua. Depende do uso que se faz dela.


Richard Zajaczkowski, bacharel em Direito,
Oficial de Justiça – Vara do Trabalho, jornalista
e membro do Centro de Letras de Francisco Beltrão



sábado, 1 de setembro de 2012

FELICIDADE...


Felicidade é um conceito abstrato para significar alguma coisa que nos deixa alegres, satisfeitos e de bem com a vida. É uma sensação de foro íntimo e se traduz numa paz, na qual não encontramos palavras para descrever.
Como não existem metros e nem pesos para medi-la, a ela são atribuídos juízos de valores de acordo com a experiência, conhecimento, cultura e educação das pessoas que sentem suas maneiras particulares de viver, achando que os sentimentos pelos quais estão passando é o máximo.
Como exemplo, citemos aquelas pessoas que acham que o supremo da felicidade reside no fato de ter bastante dinheiro, para não se preocupar com a vida. Outras entendem que felicidade se resume em levar uma vida normal sem exageros. Estas, não questionam o aspecto espiritualidade.
Há também aquelas que evitam o contato com a convivência que consideram mundana nas pequenas, médias e grandes cidades. São conhecidas por ascetas, ou seja, pessoas que vivem em locais afastados das comunidades, como nos mosteiros, cujas vidas se resumem em penitências e orações.
Se conseguirmos entender que o conceito pleno de felicidade envolve a amizade, a sabedoria e o amor, nenhuma das pessoas no exemplo acima citadas, tende a se realizar. Quando muito, resolvem egoisticamente seus próprios problemas.
Senão, vejamos: os milionários, demasiadamente materialistas, alguns até ateus e acreditando apenas na força do trabalho; os normais, que acham que não matar, não roubar e nem fornicar é importante e o resto são detalhes. Acreditam no Criador, alguns são praticantes religiosos, outros não.
Por fim, temos as pessoas que vivem isoladas da sociedade. Dizer que não ajudam, seria injustiça. Para elas, este mundo de tecnologia e progresso material avançado, tem pouco valor. São essencialmente espiritualistas e detêm certa sabedoria da vida e das coisas. Elas ajudam a humanidade mentalmente, mas não se envolvem.
Nós, como mortais comuns nos envolvemos uns com os outros. Buscamos o amor, a sabedoria e a amizade. Muitas vezes, por não fazermos as coisas da forma correta, não conseguimos nenhuma dessas três virtudes. Mas, Priscila Camelier de Assis Cardoso, autora do conto a seguir, acende um luz para o caminho dessas virtudes:
Oi! Meu nome é Felicidade... Faço parte da vida daqueles que tem amigos, pois ter amigos é ser feliz. Faço parte da vida daqueles que vivem cercados por pessoas como você, pois viver assim é ser feliz! Faço parte da vida daqueles que acreditam que ontem é passado, amanhã é futuro e hoje é uma dávida, por isso chamado de presente.
Faço parte da vida daqueles que acreditam na força do Amor, que acreditam que para uma história bonita não há ponto final. Eu sou casada, sabiam? Sou casada com o Tempo. Ah! O meu marido é lindo! Ele é responsável pela resolução de todos os problemas.
Ele reconstrói corações, ele cura machucados, ele vence a Tristeza... Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos: a Amizade, a Sabedoria e o Amor. A Amizade é a filha mais velha. Uma menina linda, sincera e alegre. A  Amizade une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar.
A do meio é a Sabedoria, culta, íntegra, sempre foi mais apegada ao Pai, o Tempo. A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos! O caçula é o Amor. Ah! Como esse me dá trabalho! É teimoso, às vezes só quer morar em um lugar... Eu vivo dizendo: Amor, você foi feito para morar em dois corações, não em apenas um.
O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo! Quando ele começa a fazer estragos eu chamo logo o pai dele, o Tempo, e aí o Tempo sai fechando todas as feridas que o Amor abriu!!! Uma pessoa muito importante me ensinou uma coisa: Tudo no final sempre dá certo, se ainda não deu, é porque não chegou o final.
Por isso, acredite sempre na minha família. Acredite no Tempo, na Amizade, na Sabedoria e, principalmente no Amor. Aí, com certeza um dia, eu, a Felicidade, baterei à sua porta! Tenha tempo para os Sonhos. Eles conduzem sua carruagem para as Estrelas.
Tenha um ótimo dia!!! Tenha uma ótima semana!!! E não esqueça... Sorria!!! Moral da história: dizem que a Felicidade mora nas coisas simples, como cheirar uma flor, aspirar o ar puro das florestas e ouvir o som da Natureza. Isso pode ser verdade, pois se atuarmos de forma correta neste mundo, quando partirmos, continuaremos a fazê-lo no outro com os órgãos sensoriais da alma.