NÃO ESPERE, VÁ À LUTA
Algumas
pessoas se acham mais importantes do que outras. Elas pensam que podem ser mais
felizes, pois imaginam que tenham mais sorte na vida. Por terem nascido em
berço de ouro, ou porque seus pais lhes prouveram de todo conforto material, supõem
que pouco precisa ser feito.
Isso é típico
de famílias abastadas, cujos filhos já recebem praticamente quase tudo de mão
beijada, ou seja, bens materiais como casa e carros lhes caem no regaço sem
qualquer esforço. Enquanto isso, os filhos de famílias pobres têm que suar a
camisa durante anos para conseguirem aquilo que outros, num piscar de olhos
(quando atingem a maioridade ou casam) conseguem de imediato.
Obviamente,
estamos generalizando, porque há casos de filhos que apesar de serem ricos,
deixam seus lares e vão fazer suas próprias fortunas sem o apoio dos pais. Isso
só deixa estes mais orgulhos daqueles, pois demonstraram coragem, boa vontade,
inteligência e talento para não temerem os problemas que irão enfrentar.
Não se deseja
aqui criticar aqueles filhos que têm capacidade de trabalhar com suas
meias-vidas já garantidas com a posse de certos bens, posto que, também utilizando
seus talentos, alguns até ajudaram a aumentar a fortuna da família; enquanto
outros acabaram por dilapidá-la. Mas entre os que se fizeram por si e os que
acrescentaram valores materiais à renda familiar, não restam dúvidas de que há
mais méritos no desempenho daqueles do que destes.
E os méritos
se devem tão somente as suas próprias capacidades, independente de quaisquer
obstáculos que devessem enfrentar, pois se problemas tivessem que resolver
deveriam fazê-lo sem o amparo dos pais, mormente em questões financeiras. É
nisso que reside a autoconfiança das pessoas: serem capazes de buscar sua
própria felicidade, não se amparando em muletas (pais, amigos), no sentido de
resolverem seus problemas.
Essa é a
categoria de pessoas que, sejam ricas ou pobres, vão à luta em busca de seus
objetivos materiais e valores abstratos, não se importando se para conseguir um
‘pedacinho do céu’ tem-se que enfrentar uma renhida batalha à frente. Vida é
movimento.
Não tem graça nenhuma conseguir as coisas com
facilidade, pois tudo é uma questão de merecimento, mesmo que seja para receber
dor e decepções. Em algum canto de nossa vida demos causa, ainda que não
tenhamos consciência disso. Sejam coisas boas ou más, nada nos vem ao acaso,
pois se pensarmos assim, estaremos negando a própria justiça, seja a dos homens
ou a divina.
Mas também temos aquele tipo de seres humanos
que esperam que as dificuldades desapareçam sem que movam uma única palha. Eles
ficam na expectativa de milagres, e como eles não vêm, ficam deprimidos e
achando que o mundo acabou. ‘Milagres’ somente acontecem quando fazemos algo
extraordinário, incomum, ou seja, quando colocamos a alma e o corpo objetivando
superar os nossos próprios recordes de dificuldades.
Por isso,
podemos correr o risco de ficar na mesma situação de certa pessoa, conforme nos
mostra a seguinte história: “Dona
Lourdes era uma senhora que se considerava muito sofredora. O marido bebia, o
filho estava se envolvendo com drogas... e, sentindo-se incapaz de enxergar uma
solução, caiu em depressão.
Vivia
reclamando de tudo e havia perdido o gosto pela vida. Achava que a felicidade
só chegaria quando todos esses problemas se resolvessem. Mas isso não
aconteceu, pois dona Lourdes acabou falecendo antes de vir a conhecer a tão
almejada felicidade. Moral da história: não fique esperando para ser feliz
apenas no dia em que não houver mais problemas em sua vida. Aprenda a conviver
com eles. Você pode ser feliz apesar deles!”